Você trabalhou por inúmeros anos e juntou um bom patrimônio. Agora, chegou o momento de usufruir dele, certo? Mas não é por isso que vai deixar de aumentar sua renda ou colocar em risco o sonho de uma vida.
Você sabe como investir seu dinheiro durante a aposentadoria? Definir qual é o melhor tipo de investimento para essa fase pode poupar algumas dores de cabeça e reservar muitos prazeres para quem pretende curtir e descansar.
Separamos alguns investimentos que são indicados para esse momento da vida e para vários perfis de investidor, do mais conservador ao arrojado. Vamos a eles?
Como investir seu dinheiro?
O primeiro ponto a ser levado em consideração é que esse é o dinheiro da sua vida. De agora em diante, você vai viver dele, portanto não pode ter perdas e deve aproveitá-lo.
Os investimentos mais recomendados neste perfil são os de renda fixa.
Trata-se de aplicações calculadas com base em taxas fixas, como a Selic, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) ou o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que fazem com que os rendimentos sejam previsíveis e constantes.
Mas nem todos os títulos de renda fixa são iguais. As variações acontecem de acordo com o tipo de indexação da taxa base de investimento (prefixada ou pós-fixada), o atrelamento dele à inflação e, ainda, os tributos que podem ou não incidir sobre o capital final do seu investimento.
Qual opção escolher?
Separamos 3 tipos de investimentos que costumam atrair pessoas nessa fase da vida e apresentar boas margens de retorno. Confira!
CDBs
É como são chamados os Certificados de Depósito Bancário. Trata-se de um título oferecido por instituições financeiras que prevê um depósito a prazo, tendo a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e do Imposto de Renda sobre o resultado do investimento.
Eles podem ser de dois tipos: prefixados ou pós-fixados. No primeiro, você vai adquirir um título bancário com uma taxa de juros prefixada no momento da aplicação e determinada pela instituição financeira. Nesse caso, desde o início, já se sabe qual é a rentabilidade do dinheiro investido a partir do tempo em que ficará aplicado.
No pós-fixado, a taxa que vai regular seu rendimento está atrelada a um índice econômico como CDI, Selic ou IPCA. Já que tais taxas sofrem variação, o resultado do seu investimento dependerá delas. Portanto, esse investimento é considerado mais arrojado e de risco.
Tesouro Direto
Trata-se do título público do governo, emitido pelo Tesouro Nacional. Ele pode ser prefixado ou atrelado às taxas que regulam a economia.
No tesouro prefixado, a taxa de rentabilidade é determinada no momento da compra do título e vai render todos os anos na data do seu aniversário, independentemente das condições do mercado. O investidor sabe exatamente quanto receberá ao final da aplicação.
No tesouro atrelado à inflação, o investimento pode ser considerado híbrido, uma vez que parte da taxa de rentabilidade é fixa e outra, variável, ligada ao IPCA (que mede a inflação mês a mês). Como a variação é constante, pode haver momentos de maior rentabilidade ou de perda.
Há, ainda, o Tesouro Direto indexado à Selic, que é a taxa de Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Ela é usada para regular operações bancárias com duração diária e tem garantia nos títulos públicos federais.
Entre as vantagens dessa modalidade, estão o retorno de 100% da taxa Selic e a baixa volatilidade. Como é emitido pelo governo, o investimento é considerado de baixo risco, mas existem custos e impostos que incidem sobre tal tipo de aplicação.
Assim como no CDB, há a ocorrência de IOF e, também, uma taxa de custódia semestral para a guarda dos papéis. Por fim, o Imposto de Renda sobre os rendimentos é cobrado de forma regressiva.
Quando maior for o tempo de investimento, menor será a alíquota do IR. Ficou na dúvida? Faça uma simulação para saber se os ganhos vão compensar a mordida que o leão da Receita Federal pode dar em seus investimentos.
LCI
As Letras de Crédito Imobiliário são títulos emitidos por instituições financeiras para ajudar o setor imobiliário, podendo ser pré ou pós-fixadas. No primeiro caso, o banco determinará a taxa de juros que vai gerir o investimento, sendo possível conhecer o valor do rendimento na hora.
No pós-fixado, a aplicação será de acordo com a taxa indexada a ela: o CDI. Trata-se de uma taxa de juros praticada nos empréstimos entre bancos, cujo valor costuma ser próximo ao da Selic.
Entre as principais vantagens de escolher a LCI, está o fato de ser isento do Imposto de Renda e garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para investimentos de até R$ 250 mil. Ou seja: se a instituição financeira em que você estiver aplicando quebrar, o FGC garante sua aplicação até o valor limite.
Como funcionam os Fundos Imobiliários?
Os fundos de investimentos imobiliários se caracterizam por compra, venda, aluguel ou investimento em cotas imobiliárias. Neste último caso, uma instituição constitui um fundo e capta recursos a partir da venda de cotas. O investidor, por sua vez, torna-se dono de uma fração do imóvel ou de uma unidade dele — como nos condomínios — e é remunerado pelos aluguéis ou pelo arrendamento do local.
Mas o mercado anda aquecido mesmo com a boa e velha prática de comprar, vender e alugar imóveis. Isso é notado principalmente na região de Florianópolis, cuja rentabilidade está em alta no setor.
Por se tratar de uma cidade turística, a demanda por opções de hospedagem é grande. Ter uma propriedade na região para alugar a uma imobiliária ou transformá-la em hospedagem temporária — como no Airbnb — é garantia de retorno para seu investimento.
O local também se transformou em reduto de pessoas que procuram um estilo de vida mais tranquilo e próximo da natureza. Elas precisam de casa para morar e optam inicialmente pelo aluguel. Ou seja: esse fluxo migratório contribui também com a alta taxa de valorização dos aluguéis.
Quem está se aposentando e tem um imóvel em um local com esse perfil pode facilmente converter o investimento em moradia. Ou você não gostaria de morar em uma casa perto da praia, ideal para descansar e receber filhos, netos ou amigos?
Neste artigo, vimos que há opções bastante atraentes para quem ainda não sabe como investir seu dinheiro depois da aposentadoria. É preciso, porém, escolher aquela que melhor se encaixa ao seu perfil.
Ainda não se convenceu de que os condomínios próximos da praia são boas alternativas de investimento? Então, veja 8 motivos para morar em Florianópolis!